Foto: Mateus Azevedo (Câmara de Vereadores de SM)/
A comissão especial que fiscaliza a obra de ampliação do prédio da Câmara de Vereadores de Santa Maria terá mais 30 dias para continuar o trabalho de acompanhamento dos processos e trâmites que envolvem a construção, parada desde 2013.
O pedido de prorrogação de prazo foi aprovado por unanimidade na terça-feira, em sessão no plenário. Durante o discurso de justificativa, o vereador Daniel Diniz (PT), que preside a comissão, declarou que ainda há algumas dúvidas a serem esclarecidas para que "injustiças não sejam feitas", pois, segundo ele, "há conversas distorcidas sobre o assunto" circulando.
Móveis que iriam para a nova sede da Câmara estragaram
Um dos assuntos polêmicos em relação à obra é a busca pelos móveis adquiridos em 2012 para mobiliar a nova sede. Na segunda-feira, a comissão visitou o depósito da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, onde os móveis teriam sido levados após serem retirados do Almoxarifado Central da Prefeitura, mas o mobiliário não estava lá.
Segundo Diniz, descobriu-se alguns móveis teriam sido montados na própria Câmara e já estariam em uso desde 2013 (a possibilidade de que alguns dos itens estivessem na Casa já era discutida). No total, foram comprados 130 cadeiras, 63 mesas, sete gaveteiros, nove armários e 10 estantes de aço a um custo de R$ 128,9 mil. No entanto, alguns dos móveis teriam deteriorado.
De acordo com o presidente da Câmara, vereador Alexandre Vargas (PRB), 26 mesas de escritório e duas cadeiras estragaram durante o período em que ficaram guardadas. No total, R$ 12.554,58 teriam que ser ressarcidos à Câmara pela prefeitura.
Comissão não encontra móveis comprados para a nova sede da Câmara
- Em 2016 a Casa já enviou ao Executivo um pedido de ressarcimento desse valor, que ainda não foi pago. Em dezembro de 2017 a Câmara entrou com um outro pedido, e aguardamos a resposta - disse.
PROCESSO LICITATÓRIO
O subchefe da Casa Civil da prefeitura, Marco Mascarenhas, disse desconhecer oficialmente do pedido de restituição, mas afirmou que a prefeitura vai verificar a informação e ir atrás da documentação.
- Temos que identificar o que foi estragado e, se for o caso, avaliar a melhor forma de ressarcimento, que pode ser feita através do pagamento em dinheiro ou através da aquisição esses materiais em processo licitatório da prefeitura - afirmou.
O relatório final da comissão deve ser apresentado no mês que vem.